Saturday, February 24, 2007

O Poder que não escolho


Ronaldo Fossati
Os 3 Poderes, 2003
Acrílico sobre tela, 73 X 106 cm


“Entre outras coisas, você vai descobrir que não é a primeira pessoa a ficar confusa e assustada, e até enojada pelo comportamento humano. Você não está sozinho neste terreno, e se sentirá estimulado e entusiasmado quando souber disso”
Professor Antolini em ‘O Apanhador no Campo de Centeio’
J. D. Salinger



A esperança e o desejo de viver em um mundo mais justo carregam o contrapeso de uma angústia crescente, quase um sentido suicida, pois a injustiça é condição da humanidade. O sentimento mínimo é de desajuste e desconforto com a sociedade.
Sem o alívio da criação somos sociopatas e esquizofrênicos clássicos. Alienamo-nos e nada mais importa.
Dos três poderes que temos funcionando em nossa ‘normalidade democrática’ o único que tem oportunidade de tratar imediatamente esse Brasil doente é o Judiciário, onde todas as nossas mazelas passam por seus tribunais. Não trata porque é, em sua estrutura, ineficiente, corporativista, corrupto e covarde. Seus juízes e ministros poderiam começar a curar o Brasil se prendendo incondicionalmente.
Ah, inafiançável.

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