Saturday, August 26, 2006

Antonio Lopez com Chimarrão










Ronaldo Fossati
Antonio Lopez com Chimarrão, 2002
Acrílico sobre tela, 50X81 cm

Dislexia. Por que escrevo para internautas III

Não tenho simpatia pela flashy egotrip dos blogs mas aqui eu tenho um espaço gratuito onde exponho pensamentos individuais e intransferíveis. Abrando a frustração de perceber que raramente concordo com opiniões expressas no jornalismo empresarial e que a tv, o rádio e o jornal quase sempre não dizem o que me interessa. A boa literatura e a informação imprescindível ainda estão nos livros, mas a internet já possui a primeira demão do verniz cultural, com secagem rápida.

Sunday, August 20, 2006

Becky

Ronaldo Fossati
Becky, 1999
acrílico sobre papel, 42 X 60 cm

Saturday, August 19, 2006

Dislexia. Por que escrevo para internautas II.

A internet é alternativa ao jornalismo empresarial do período neoliberal, ou do capitalismo tardio, como queiram, com o seu “pensamento único”. Esse “pensamento único” funciona assim: -Eu anuncio num veículo de comunicação que defende os meus interesses. Dou o meu dinheiro para o dono que pensa como eu. O dono paga seus funcionários que pensam como ele e como eu e pronto, o círculo fecha-se em si.
Pois é, mas eu, o indivíduo, não penso como eles. O jornalismo empresarial criou um sistema de exclusão. A internet é um Marx da nova era dando espaço ao pensamento do novo proletariado digital.

Friday, August 18, 2006

Homem Sentado em Banco Alto


Ronaldo Fossati
Homem Sentado em Banco Alto, 2004
Acrílico sobre tela, 100 X 73 cm

Wednesday, August 16, 2006

Dislexia. Por que escrevo para internautas I.



Porque eu consigo.
Vivemos um período paradoxal em que temos a liberdade da opinião, com o risco da banalização, convivendo com a concentração do poder e conseqüentemente da informação, ou será que é o contrário? Bem, temos os ainda poderosos meios de comunicações de massa já tradicionais como televisão, rádio, revistas e jornais dominados por poucos grupos e também a recente e ainda incipiente democracia da internet que dilui o pigmento dos pensamentos individuais num veículo oceânico. Vivemos num mundo de dislexia onde a saturação de informações não nos permite corretas interpretações em níveis profundos de entendimento das leituras do ambiente que nos cerca. A possibilidade de uma síntese honesta e acertada é improvável e conseqüentemente desacreditada. Desconfiamos até de imagens, principalmente de imagens.

Tuesday, August 15, 2006

Pintura e a Humanidade

Ronaldo Fossati
Carreiras Elétricas, 2005
acrílico sobre tela, 97 X146 cm

Na 5ª edição da Bienal do Mercosul tivemos um módulo intitulado “A Persistência da Pintura” em que o grupo organizador da Bienal, ao dar esse nome ao módulo, evidenciou o seu desconforto com a pintura, que teimava em existir em 2005, em pleno século XXI, no terceiro milênio da era cristã. Já decretaram a morte da pintura quando da invenção da fotografia e ela se multiplicou em movimentos. Na fase minimalista consideraram não haver mais sentido para a pintura e ela se mostrou revigorada em novas manifestações pós-pop como o pujante neo-expressionismo. Com a popularização das mídias digitais os apressados voltaram a considerar a pintura obsoleta. Sempre se enganam. Pintar é um impulso primal, atávico. Desenhamos e pintamos antes de escrevermos. Foi assim na época das cavernas, é assim hoje e sempre será. Com o desenvolvimento tecnológico a pintura deixa de ser a mídia principal da atualidade da humanidade mas será sempre fundamental como expressão do homem, queiram ou não os agentes culturais mais “up to datados”.

Perfil

Ronaldo Fossati
Perfil, 2001
óleo sobre tela montada

Saturday, August 12, 2006

O que eu faço é Pintura!

Executo uma pintura figurativa e realista, atenta a regras de composição e de luz e sombra que reproduz tonalidades próximas as cores reais, com pinceladas estudadas e vigiadas, nem sempre obedientes, mas mais comportadas que descontroladas, que se inclina mais para o hiper-realismo que para o resultado de obras feitas com pinceladas gestuais, enérgicas e soltas como as do expressionismo. Alem do simbolismo do corpo desejo a simulação da realidade visível executada com minha "caligrafia".