Tuesday, August 15, 2006

Pintura e a Humanidade

Ronaldo Fossati
Carreiras Elétricas, 2005
acrílico sobre tela, 97 X146 cm

Na 5ª edição da Bienal do Mercosul tivemos um módulo intitulado “A Persistência da Pintura” em que o grupo organizador da Bienal, ao dar esse nome ao módulo, evidenciou o seu desconforto com a pintura, que teimava em existir em 2005, em pleno século XXI, no terceiro milênio da era cristã. Já decretaram a morte da pintura quando da invenção da fotografia e ela se multiplicou em movimentos. Na fase minimalista consideraram não haver mais sentido para a pintura e ela se mostrou revigorada em novas manifestações pós-pop como o pujante neo-expressionismo. Com a popularização das mídias digitais os apressados voltaram a considerar a pintura obsoleta. Sempre se enganam. Pintar é um impulso primal, atávico. Desenhamos e pintamos antes de escrevermos. Foi assim na época das cavernas, é assim hoje e sempre será. Com o desenvolvimento tecnológico a pintura deixa de ser a mídia principal da atualidade da humanidade mas será sempre fundamental como expressão do homem, queiram ou não os agentes culturais mais “up to datados”.

1 comment:

Unknown said...

A fotografia não nos permite desenhar e colorir pensamentos e delírios.